O instituto havia identificado as peças com características que indicavam ser bens tombados e determinou a retirada imediata das mesmas do evento
Investigação que levou à recuperação dos bens tombados começou em outubro do ano passado — Foto: Divulgação
Três peças sacras que estavam desaparecidas desde a década de 1990, voltaram nesta terça-feira para o acervo da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, no Centro do Rio, de onde foram retiradas. Os bens. que são tombados, estavam sendo oferecidas em um leilão, quando foram recuperadas pela Polícia Federal, que juntamente com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) fez à restituição.
O instituto havia identificado as peças com características que indicavam ser bens tombados e determinou a retirada imediata das mesmas do evento. As três obras sacras estavam catalogadas no rol de bens culturais procurados pelo Iphan, que é disponibilizado no site do órgão. Todas as peças recuperadas e restituídas nesta terça-feira possuem a gravação de termos em latim no seu escudo central.
As investigações tiveram início em outubro do abo passado. As peças recuperadas foram encaminhadas para análise pericial, que constatou serem todas obras sacras e que teriam sido produzidas na segunda metade do século XVIII.
Depois do parecer técnico do Iphan, laudo de perícia criminal federal e decisão judicial da 4ª Vara Federal do Rio de Janeiro, a entrega foi feita pela Delegacia de Meio Ambiente da PF no Rio, juntamente com o instituto, ao secretário geral da Venerável e Arquiepiscopal Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, Armindo Fernandes Dinis.
A parte superior de uma das peças é ornada pelo símbolo da Ordem dos Carmelitas, no qual consta o Monte Carmelo, uma Cruz de Cristo sobre o monte e três estrelas. Por cima da figura do Monte Carmelo há uma coroa encimada com uma cruz sobre um globo, e ao lado do símbolo do Monte Carmelo constam ornamentos florais.
Já outra obra tem a parte superior ornada por um cordeiro deitado no Livro dos Sete Selos, segurando um estandarte afixado em uma cruz. No estandarte estão gravados os termos “Ecce Agnus Dei”, que significa "Este é o Cordeiro de Deus". Fonte: Jornal O Globo
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