Basílica Menor e Santuário de Nossa Senhora da Penha
Basílica Menor e Santuário de Nossa Senhora da Penha
Largo da Penha, 19 - Penha
21070-560 - Rio de Janeiro, RJ
Tel(s): (21)3219-6262
E-Mail: faleconosco@santuariopenhario.org.br
Basílica Menor e Santuário de Nossa Senhora da Penha
Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Penha de França
Descrição: Quem chega ao Rio de Janeiro, por via aérea, marítima ou terrestre, deslumbra-se com a figura do belo Santuário Mariano Arquidiocesano de Nossa Senhora da Penha de França, que constitui sem dúvida, uma referência da Cidade Maravilhosa.
A Igreja não tem estilo definido, a arquitetura fica mais para o Barroco. Sua fachada é constituída de um frontal central que termina em capitel decorado encimado por uma cruz. Internamente a Igreja é simples e bela, toda trabalhada em madeira.
Externamente, à frente da Igreja, há um pequeno pátio com escadarias para os lados que dão para o jardim. Onde estão sepultados Frei Antônio Ferreira de Souza, primeiro escrivão (1728-1872) e Per. Manoel da Silva Peixoto, capelão de 1805 a 1830. Ao sopé da colina há uma grande área arborizada, onde fica também um pátio de estacionamento com grande concha acústica, a Capela do Sagrado Coração de Jesus e o prédio da administração, lojas de lembranças e um oratório de São Josémaria Escrivá Balaguer.
Histórico: conta a história que no início do século XVIII, o local onde hoje fica o Bairro da Leopoldina, era uma região triste, baldia, com flora vicejante. Era proprietário de uma grande quinta na região o português Baltazar de Abreu Cardoso, que certo dia, quando procurava escalar um penhasco de suas terras, viu surgir à frente uma enorme serpente, pronta para ataca-lo. Atônito, ocorreu-lhe de seus lábios escaparam a invocação: “Minha Nossa Senhora, valei-me”. Eis que surgiu um enorme lagarto, inimigo da cobra, e entre eles se travou ferrenha luta, dando tempo para o capitão se safar. Em reconhecimento à graça recebida, o proprietário português mandou construir uma pequena ermida no alto do penhasco, em intenção à Nossa Senhora, recebendo a denominação de Nossa Senhora da Penha, em razão da sua localização (penha quer dizer penhasco, gruta, etc.) Por volta de 1713, começaram as festas feitas pelas famílias portuguesas em um parque junto ao penhasco.
Em 1728, foi criada a Irmandade de Nossa Senhora da Penha de França. Em 1778, a população aumentava e se fez necessário uma obra de ampliação da pequena ermida, que foi acrescida em seu corpo central e melhorada a sua fachada, com a colocação da pequena torra, onde foram posicionados dois sinos. Com a pequena Capela foi criada no mesmo ano, a Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Penha de França, bem como a Casa dos Romeiros. Por volta de 1817, como era muito difícil a escalada do penhasco até o Templo, um casal que não conseguia ter filhos, Maria Barbosa e seu esposo, fizeram uma promessa à Padroeira, pedindo um filho e dizendo que, alcançando a graça, mandariam escavar na rocha uma escada para facilitar o acesso à Capela.
No ano seguinte, Maria deu à luz um robusto menino. Em 1819 o povo já dispunha da escada prometida, com 382 degraus. No mesmo ano, D. João VI concedeu à Venerável Irmandade o direito do proceder à Procissão de Círios. Em 1843, ocorreu fato importante: D. Pedro II, com sua família, após assistir à Santa Missa, almoçou com os irmãos da Agremiação. Em 1870, foi demolida a Capela e construído um novo templo, mais amplo, concluído em 1871. Era uma Igreja de torre única. Em 1888, outro fato honrou o Santuário: a real filha de D. Pedro II, Princesa Isabel e seu esposo, em comitiva, prestaram homenagem à Nossa Senhora da Penha, provavelmente rogando a benção à humanitária intenção, que seria efetivada dias após, com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio, abolindo a escravidão no Brasil.
Em 1894, o Santuário recebeu a visita de D. João Esberard, primeiro Arcebispo do Rio de Janeiro. Em 1190, a Igreja foi submetida à nova reforma, tendo sido construídas as duas torres e colocado um carrilhão com 22 sinos. Em 1925, a Capela do Sagrado Coração de jesus foi construído pelo Pe. Rocha, na face norte do edifício da administração, para os fiéis que não podiam subir ao santuário. Em junho de 1935, por decreto do Papa Pio XI, o santuário foi agregado à Sacrossanta e Patriarcal Basílica de Santa Maria Maior, construída pelo Papa Libério em Roma, para guardar as relíquias do Presépio de Belém e a imagem de Maria Santíssima, pintada pelo Evangelista São Lucas.
Em setembro de 1966, o Cardeal D. Jaime de Barros Câmara elevou o Templo à categoria de Santuário Perpétuo. Em 31 de maio de 1981, o Cardeal D. Eugênio Sales, atendendo ao apelo do Papa João Paulo II, elevou a Igreja de Nossa Senhora da Penha de França à categoria de Santuário Mariano Arquidiocesano.
O Santuário desenvolve importante ação de assistência social, através da Casa dos Romeiros e da Casa de Caridade, atendendo a mais de 400 pessoas por mês. Desde 1945 há um plano inclinado, tendo atualmente um novo bondinho de acesso.
Fonte: livro “ Templos Católicos do Rio de Janeiro – Manual” de autoria do Sr. Orlindo José de Carvalho.