Basílica Menor e Santuário de São Sebastião
Basílica Menor e Santuário de São Sebastião
Rua Haddock Lobo, 266 - Tijuca
20260-142 - Rio de Janeiro - RJ
Telefones: (21)2204-7900
E-Mail: fradescapuchinhos@yahoo.com.br
Ordem dos Frades Menores Cpuchinhos - OFMCap
Descrição: Esta Matriz é, se, dúvida, uma protagonista na história da Cidade do Rio de janeiro. A fundação do primeiro templo remonta aos 100 primeiros anos da colonização portuguesa no Brasil, com a primitiva Igrejinha de São Sebastião, na Praia Vermelha, depois transferida para o morro do Castelo.
Após várias reformas e demolição desse morro, houve sua transferência para a Rua Haddock Lobo, 266 - Tijuca, onde hoje a Igreja apresenta grandiosa imponência em relação às representações anteriores, graças aos árduos esforços da Ordem dos Capuchinhos, que administra a Paróquia. A Igreja tem estilo neobizantino, inclusive na decoração doseu interior.
Histórico: A história da Matriz remonta ao século XVI, quando foi construída, por mandato do governador Geral, na orla da Praia Vermelha, onde nascia a Cidade, a primitiva Igreja de São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro. Este templo, inaugurado em 1567, era simples e tosco, contudo lá foram enterrados os restos mortais de Tomé de Souza, primeiro Governador Geral. Em 1568, teve início, já no Morro do Castelo, a obra da Igreja que substituiria a primitiva Capela, que estava em ruínas. Somente em 1583, no segundo governo de Salvador Correa de Sá, a obra foi concluída, transferindo-se então para ali os restos mortais de Estácio de Sá.A nova Igreja serviu de Sé para o Rio de Janeiro por muitos anos. Porém, em 1659, ela estava em deplorável estado de conservação. Após fortes oposições malogradas para mudar a Sé, D. João V, sem permitir a demolição do templo, autorizou a mudança da Sé, em 1734, para a Igreja da Santa Cruz dos Militares, onde permaneceu durante três anos e meio. Em 1737, a Sé foi transferida para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e são Benedito dos Homens Pretos. Depois de muito vagar em busca de uma residência fixa, em 1842, os frades capuchinhos aceitaram a oferta do Prefeito e optaram pela Igreja de são Sebastião do Morro do Castelo, quando ela já havia sido esquecida, fixando-se ali definitivamente, apesar de estar a Igreja quase em ruínas.
Em 1861, finalmente foi conseguida a ajuda do governo para realizar as reformas, após mudança no mandato. A Igreja ficou nova. No entanto, em 1921, o governo resolveu demolir o morro do Castelo. Em janeiro de 1922, ocorreu a cerimônia de transladação das relíquias históricas, a imagem de São Sebastião, as cinzas de Estácio de Sá e o marco da fundação da cidade para o novo convento dos frades capuchinhos, na rua Evaristo da Veiga (onde hoje está o QG da Polícia Militar). Com o intuito de construir uma nova Igreja, os capuchinhos começaram a angariar donativos para levantar a Casa de Deus.
A campanha ganhou força em 1928. Com a ajuda da Sra. Ester Mangabeira, esposa do Ministro das Relações Exteriores, Otávio Mangabeira., que aderiu à nobre causa. Com a arrecadação completa, foi escolhido um terreno na rua Haddock Lobo, construindo-se um belo edifício em estilo neobizantino, projeto do arquiteto Ricardo Buffa. A mudança dos capuchinhos foi feita em 1931, com festa de grande pompa, que contou com a participação do governo, do Clero, de autoridades militares e da sociedade civil. A lápide tumular de Estácio de Sá, em mármore português, ficava na primitiva Igreja de São Sebastião, no morro do Castelo.
Demolido o morro em 1922, os frades capuchinhos mantiveram a guarda da lápida e da urna com os restos mortais do fundador da cidade. Em 1931, lápide e urna foram transferidas para a nova Igreja de São Sebastião, na tijuca. O marco da fundação da cidade, afixado por Estácio de Sá entre os morros Cara de Cão e Pão de Açúcar, é uma preciosa peça quinhentista confeccionada em mármore português, de forma prismática, com base quadrada, tendo numa das faces as armas portuguesas e em outra a Cruz de Cristo. Apesar da inauguração em 1931, só em 1947 o templo foi elevado à condição de Igreja Matriz, com a criação da Paróquia de são Sebastião da Tijuca.
A Igreja tem a direção de uma creche no Morro do Turano e se faz presente também através do Serviço Social São Sebastião, com odontologia, curso de informática etc. Na Matriz há o Serviço de Assistência, com clube de leite, doação de cestas básicas. A Igreja tem capacidade para 600 fiéis sentados e guarda objetos remanescentes da antiga Igreja situada no morro do Castelo como o marco de fundação da cidade e a lápide e os restos mortais de Estácio de Sá.
Fonte: Templos Católicos do Rio de Janeiro, Orlindo José de Carvalho – Manual, 2009
Fonte: Guia do Patrimônio Cultural Carioca Janeiro Bens Tombados - Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 2014