Capela de Nossa Senhora da Cabeça

Casa Maternal  Mello Mattos                                
 

DECRETO IRPH N° 24.525/2004

DECRETO IPHAN Nº 632/1961

 

Descrição: Trata-se de um dos mais antigos templos religiosos da cidade que manteve sua configuração original. Pela importância história, além do tombamento federal que data de 1965, a igreja recebeu recentemente o tombamento municipal.

A capela de Nossa Senhora da Cabeço está situada nos terrenos da Casa Maternal Mello Mattos, na rua Faro, 80, na encosta do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, envolta pela mataremanescente da Floresta da Tijuca. Há registro de reformas na capela nos anos 1856, 1902, 1943 e 1992, mas tendo mantido sua configuração original. É um autêntico exemplar da arquitetura rural do período colonial. É composta por fachada simples com frontão triangular e ombreiras de cantaria, com duas janelas gradeadas e uma porta almofadada de madeira. Possui altar de madeira, com veios policromados que ata do século XVIII.

Quando foi construída, provavelmente entre 1603 e 1607, a Capela de Nossa Senhora da Cabeça situava-se dentro dos terrenos do antigo Engenho d’El Rey, que se estendia por toda a área entre a lagoa e as encostas do Corcovado, desde a Gávea até o Humaitá, com sede na área onde hoje está o Jardim Botânico. A capela foi construída às margens de um riacho que também tomou o nome de Cabeça.

História: em fins do século XVI e início do XVII, o processo de colonização da cidade do Rio de Janeiro, fundada em 1565, encontrava-se em fase de expansão. As regiões hoje conhecidas por Tijuca, Laranjeiras, Gávea e Andaraí eram dominadas pelos engenhos de açúcar.

Por ordem da metrópole, foi construída entre 1576 e 1577, uma fábrica de açúcar nas proximidades da Lagoa de Sacopenapan,a qual recebeu o nome de Engenho d’El Rei, de grande relevância para o desenvolvimento da região. Durante a administração do Governador Martim Correia, foi erigida uma capela (1625 a 1632) próxima a Casa Grande, dedicada à Nossa Senhora da Cabeça. O culto a Virgem da Cabeça foi iniciado pelo mesmo Governador, tendo sido a família Correia de Sá a responsável pela vinda de Portugal, da imagem e da devoção.

Fonte: IRPH - Instituto Rio Patrimônio Humanidade