Capela de Nossa Senhora das Dores (QGPM)
Capela Nossa Senhora das Dores (Polícia Militar do RJ)
Avenida Evaristo da Veiga, 78 - Centro
20031-040 - Rio de Janeiro, RJ
Tel(s): (21)2212-0052
Capela de Nossa Senhora das Dores (QGPM)
Arquiepiscopal Imperial Irmandade de Nossa Senhhora das Dores
Descrição: A Capela de Nossa Senhora das Dores, Padroeira da Polícia Militar do Rio de Janeiro, está situada no interior do Quartel Geral da Polícia Militar, à rua Evaristo da Veiga, Centro e pertence à Arquiepiscopal e Imperial Irmandade de Nossa Senhora das Dores.Sem estilo definido, apresenta uma concepção eclética com traços góticos e romanos.
Sua fachada é pequena, rica em adornos arquitetônicos e apresenta um bloco único, limitado por quatro colunas romanas com capitéis jônicos, que sustentam um frontão triangular. Entre as duas colunas centrais fica a única entrada da fachada, retangular, com portada de madeira com belos trabalhos de talha. Acima dessa entrada, há uma placa comemorativa da inauguração da Capela, com a presença do Imperador D. Pedro II, considerado seu Protetor Perpétuo.
Histórico: A história da Capela de Nossa Senhora das Dores da Polícia Militar remonta a 1735, quando os padres da Terra Santa - Santo Sepulcro, ergueram uma pequena ermida na chácara do Caminho da Ajuda, dedicada à Nossa Senhora do Desterro. Com o passar do tempo, passou a ser chamada Hospício de Jerusalém de Nossa Senhora de Oliveira.
Em 1742, ali foram instalados os padres barbudinhos, “barbonos” e o local, que já havia sido denominado Caminho dos Arcos Velhos da Carioca e Caminho do Desterro, passou a se chamar Rua dos Barbonos, mais tarde Evaristo da Veiga, seu nome atual. Em 1808, os padres barbudinhos se retiraram do Hospício, que passou a ser ocupado pelos frades Carmelitas, que cederam seu Conventona Praça XV, para acomodar a Corte Portuguesa. Por decreto da Regência de 22 de outubro de 1831, foi criado o corpo de guardas Municipais Permanentes, primeira denominação da Polícia Militar.
A corporação foi ali instalada e passou a se chamar Quartel dos Barbonos. Com a saída dos Carmelitas, a Igrejinha transformou-se em enfermaria e prisão solitária. O lugar, outrora reservado à meditação e oração, passou a ser centro de gemidos e castigos. Em 13 de fevereiro de 1857, foi ordenada a reconstrução da Capela e a restituição a seu sagrado mister.
Face a este aviso, o comandante do Corpo de Guardas Municipais Permanentes, Cel. Francisco Gomes Freitas, solicitou a reconstrução do templo e indicou a sua dedicação a Nossa Senhora das Dores, com a intenção de estabelecer um paralelo entre os sofrimentos da Virgem das Dores e a difícil labuta da vida policial-militar.
Em 1865, o contingente da Polícia Militar denominado 31º de Voluntários seguiu para os campos de batalha do Paraguai. Em 1870, ao regressar da guerra coberto de glórias, o Cel. Joaquim Antônio Fernandes de Assunção firmou o propósito de erigir no local da antiga ermida dos capuchinhos, uma nova Capela consagrada à Nossa Senhora das Dores, em Ação de Graças pelas vitórias na guerra. Já como Comandante da Corporação, com um abaixo-assinado entre praças e oficiais, conseguiu levantar recursosedeuinício à construção em meados de 1876.
Em 22 de maio de 1881, no comando do Cel. Antônio Germano de Andrade Pinto, concretizou-se a solenidade de inauguração da nova Capela, com a presença do Imperador Pedro II. A capelinha primitiva estava construída no meio do pátio do quartel, dividindo-o em dois. A nova capela foi construída mais aos fundos, nas fraldas do Morro de Santo Antônio. Em 17 de agosto de1881, foi fundada a Irmandade de Nossa Senhora das Dores, com fins religiosos, beneficentes e altruísticos, constituída pelos oficiaisdo Corpo de Guardas Municipais Permanentes.
Na Ata, foi atribuído a D. Pedro II, o título de “Protetor Perpétuo da Irmandade”. Em 21 de setembro de 1906, a Irmandade ficou subordinada à Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, compromisso assinado por Dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcante. Em 13 de novembro de 1983, Dom Eugênio de Araújo Sales consagrou o título de “Arquiepiscopal e Imperial Irmandade de Nossa Senhora das Dores da Polícia Militar”, como memória das glórias nas batalhas do Paraguai e como afirmação do sentimento religioso da Família Polícia Militar.
Fonte: Templos Católicos do Rio de Janeiro, Orlindo José de Carvalho – Manual, 2009