Igreja de Nossa Senhora da Candelária
Igreja de Nossa Senhora da Candelária
Praça Pio X - Centro
20040-020 - Rio de Janeiro - RJ
Telefones: (21)2233-2324
Igreja de Nossa Senhora da Candelária
Irmandade de Nossa Senhora da Candelária
Descrição: na Praça Pio X, centro nervoso do Rio de Janeiro, desponta imponente a majestosa Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, cujo conceito harmoniza o Neoclássico e o Barroco, constituindo um dos mais belos conjuntos arquitetônicos sacros das Américas. A Igreja Matriz apresenta uma fachada portentosa de granito do Rio de Janeiro, com portas monumentais de bronze, obra do escultor Teixeira Lopes, fundidas em Bruzy, na França e premiadas na Exposição Internacional de Paris em 1900.
A nave tem teto abaulado e apresenta seis grandes painéis do pintor João Zeferino da Costa que narram a origem da Igreja. Os púlpitos são em mármore e bronze, com projeto do escultor português Roberto Pinto de Couto, inaugurados em 1931.
Histórico: É difícil precisar a data exata da construção da primitiva Igreja, por falta de documentos da época. Com a invasão do corsário francês Duguay-Trouin, em 1711, houve saques e pilhagens, com destruição de arquivos e documentos. Consta que a ermida já existia desde antes de 1634, tendo sido fruto de uma promessa feita por um casal de espanhóis que voltavam das índias – Antônio Martins de Palma e Leonor Gonçances.
Atingidos por terrível temporal em nosso litoral, fizeram a promessa de que mandariam erguer uma ermida em devoção à Nossa Senhora da Candelária no ponto em que aportassem salvos. A promessa foi cumprida, edificando-se a ermida onde hoje está a atual Igreja. Em 1634 foi estabelecida a Paróquia de Nossa Senhora da Candelária. Em 4 de julho de 1639 os proprietários resolveram fazer a doação da Igreja à Santa Casa da Misericórdia.
Em 1710, a Irmandade do Santíssimo se ofereceu para reconstruir o templo mas realizou apenas reparos indispensáveis; 60 anos mais tarde, em 1775, estava a Igreja novamente muito arruinada. Em 1775, o Provedor da Irmandade, Bispo Diocesano D. Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco, decidiu construir uma Igreja maior. Em 6 de junho do mesmo ano, foi sagrada a primeira Pedra Fundamental, com assistência do Vice-Rei Marquês do Lavradio. As obras prosseguiram e em 8 de setembro de 1811, foi enfim benzida a Igrejano estágio em que estava, pelo Vigário Luiz Mendes de Vasconcelos Pinto Menezes; no mesmo dia, foi celebrada a primeira missa do novo templo com a presença do Príncipe Regente D. João, dos príncipes D. Pedro, D. Miguel e D. Teresa, e do infante da Espanha, D. Carlos. As obras prosseguiram, tendo sido criada uma grande polêmica sobre a construção do zimbório da cúpula externa, o destaque da Matriz. Os trabalhos foram concluídos pelo engenheiro Francisco Joaquim Bittencourt da Silva.
Em 1874, foram colocadas as estátuas em mármore branco, esculpidas em Lisboa pelo Mestre José Cesário de Sales, e que circundam a cúpula. A empreitada ficou a cargo do engenheiro Daniel Predo Ferro Cardoso. São oito estátuas gigantescas, com dois metros de altura, representando os quatro evangelistas - São Mateus, São Marcos, São Lucas, São João, a Religião, a Fé, a Esperança e a Caridade. A cúpula, toda em pedra de lioz vinda de Lisboa, foi construída em estilo neoclássico entre 1865 e 1877 e tem 1422 pedras, com peso de 630 toneladas. As obras de complementação do suntuoso templo foram até 1808. O templo foi elevado à categoria de Igreja Matriz no ano de 1634, com a criação da Paróquia de Nossa Senhora da Candelária.
A Igreja tem capacidade para 400 fiéis sentados. Ligado à Matriz, há o Internato Educandário Gonçalves de Araújo, em São Cristóvão com crianças do 1º grau e o Hospital Frei Antônio do Desterro, fundado em 1763, acolhendo portadores de hanseníase. Como ação social e comunitária, já o Departamento da Caridade, fundado em 1738, que assiste pessoas carentes por mês.
Fonte: Templos Católicos do Rio de Janeiro – Orlindo José de Carvalho– Manual, 2009
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