Igreja de São Francisco Xavier do Engenho Velho
Igreja de São Francisco Xavier do Engenho Velho
Rua São Francisco Xavier, 75 - Tijuca
20550-010 - Rio de Janeiro - RJ
Telefones: (21)2234-2094, (21)2234-2095
E-Mail: paroquiasfxavier@yahoo.com.br
Igreja de São Francisco Xavier do Engenho Velho
Mitra Arquiepiscopal
Descrição: Na esquina da rua que leva seu nome com a rua Heitor Beltrão, na Tijuca, desponta majestosamente a ancestral Matriz da Paróquia de Francisco Xavier, com vasto conteúdo histórico. É um dos ícones do trabalho jesuístico em nosso país.
O templo atual é resultado de várias transformações desde sua origem, permanecendo como testemunha viva da história da Cidade. O estilo arquitetônico da Matriz é basicamente o romano. Seu frontal tem como principal destaque duas torres laterais quadriláteras com seu ápice finamente decorado em azulejos com obeliscos e encimados por uma cruz, ambas datadas de 1805.
Histórico: A origem mais remota da Igreja é marcada pela construção, no século XVI, de uma ermida no local, pelo Pe. José de Anchieta, antes de 1597, ano de sua morte. A Igrejinha, porém, não obteve dedicação a São Francisco Xavier, que só foi canonizado em 1662. Consta que em 1625 foi fundada a Igreja atual (evidentemente não ainda como é hoje), pelo Pe. André Manuel.
Em 1759, com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal, e com a extinção da Congregação dos Jesuítas, foi estabelecido então o curato dedicado a São Francisco Xavier, pela Previsão Imperial de 11 de abril de 1761. As terras do Engenho Velho foram então desapropriadas e vendidas e, com o aumento populacional nos arredores, o curato foi elevado à Paróquia encomendada em 1762. Em 1795. A Matriz foi elevada a essa responsável pela construção de um novo templo, iniciado em 1805 e terminado em 1815. No período de 1908 e 1915, o Vigário Antônio Boucher Pinto iniciou mais obras de reconstrução.
Em 1926, demoliu-se a Igreja velha para a construção de uma nova. Em 1927 já estavam prontas: a Capela do Santíssimo Sacramento, a sala do expediente, a sacristia e as duas naves laterais que davam à Igreja o formato de cruz. Tudo sob a supervisão do Vigário Mons. Francisco Gama Mac Dowel, que ocupou o cargo de 1925 a 1962. Em 1931, a Igreja foi agregada à Basílica de São João do Latrão em Roma, assim ganhando, do Papa Pio XI, uma relíquia do braço de São Francisco Xavier.
Em 1961, houve um desmoronamento da cobertura quase fatal. Nesta época, o Cardeal D. Jaime de Barros Câmara, decidiu que não seria construída uma nova cúpula, mas uma cobertura para todo o templo. A inauguração aconteceu em 1962, e com as reformas na liturgia introduzidas pelo Papa João XXIII, a nova Igreja foi construída em estilo bem diferente do antigo: desapareceram as naves laterais, as colunas e os altares com imagens. A fachada foi a exceção bem conservada. Por último, deve-se destacar as consequências das obras do metrô em 1977, que reduziram o terreno da Matriz. Foram demolidos o pórtico, lateral à esquerda, a sacristia, a sala de reuniões e o batistério.
Em 1979, foram inauguradas as novas dependências da Matriz. O dia reservado à celebração de São Francisco Xavier, presbítero e missionário de Portugal nas Índias orientais, é 3 de dezembro, data de sua morte no ano de 1552. O templo oi elevado à condição de Igreja Matriz em 1795, com a criação da Paróquia de São Francisco Xavier. Tem capacidade para 480 fiéis sentados e desenvolve admiráveis atividades pastorais no campo da evangelização e da assistência social e comunitária. Guarda importante relíquia, um fragmento de osso do braço de São Francisco Xavier.
Fonte: Templos Católicos do Rio de Janeiro, Orlindo José de Carvalho – Manual, 2009